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Como o Electrão promove a Economia Circular

A Economia Circular é uma prioridade para o Electrão que promove este conceito no âmbito da sua actividade de gestão de três tipo de resíduos: embalagens, pilhas e equipamentos eléctricos em fim de vida.  

“Incentivamos a utilização de materiais reciclados e o recurso ao ecodesign para facilitar a reciclagem”, sublinhou a responsável de Operação do Electrão, Susana Ferreira, durante o quarto debate realizado no âmbito do “Movimento Faz Pelo Planeta By Electrão”.  

O evento, dedicado ao tema “Economia Circular e Bioeconomia”, foi transmitido na manhã desta quinta-feira, 17 de Junho, no canal Youtube do Electrão.  

A responsabilidade não está só do lado da indústria, mas também do consumidor, tal como o Electrão enfatiza nas várias campanhas de comunicação. “Um telemóvel que já não serve a alguém que precisa de acompanhar as últimas tendências pode ser usado por outra pessoa que apenas necessita de funções mais básicas”, ilustra Susana Ferreira. 

O Electrão também promove a reutilização através de parcerias como a que tem com a EntrAjuda que torna possível a reparação de equipamentos que são posteriormente entregues a Instituições Particulares de Solidariedade Social.  

Quando já não é possível prolongar mais a vida de determinado produto ou equipamento o consumidor deve ter o cuidado de o encaminhar para reciclagem. Pode descobrir onde consultando o site www.ondereciclar.pt

Depositar correctamente os resíduos é importante sobretudo porque alguns equipamentos têm materiais perigosos que podem ser prejudiciais para a saúde e para o ambiente contaminando o ar, o solo e a água. A reciclagem assegura a descontaminação e permite o aproveitamento desses materiais, nomeadamente de matérias primas críticas, como o ouro, a prata, a platina e terras raras. 

Aumentar a sensibilização dos consumidores para esta temática é uma necessidade constante, tal como a de aumentar a capilaridade da rede de recolha. Susana Ferreira acredita que a recolha porta-a-porta acabará por ser um passo a dar, nomeadamente no caso dos resíduos de grandes dimensões, como os equipamentos eléctricos. 

OS RESÍDUOS E A BIOECONOMIA 

O director de Inovação do ISQ, Ricardo Rato, acredita que cada vez mais haverá tendência para encarar os resíduos como recurso, mas há ainda um caminho a trilhar com algumas barreiras associadas. “São sobretudo barreiras culturais, tecnológicas, de mercado e também de regulação. O ISQ tem vindo a trabalhar na partilha de conhecimento e ferramentas que ajudem a indústria a perceber os benefícios da simbiose industrial, por exemplo, em que os resíduos de uma indústria são matéria-prima para outra”, revela.  

O trabalho desenvolvido já permitiu, por exemplo, que uma indústria metalomecânica deixasse de descartar os panos absorventes após a sua utilização. “Foi encontrada uma forma de lavar esses panos que passam assim a poder ser usados 50 vezes. Com esta mudança a empresa poupou 42 por cento dos custos, o que representou um benefício ambiental e económico significativo”, exemplificou.  

O director de Resíduos da Veolia, Miguel Aranda da Silva, não tem dúvidas de que a Bioeconomia representa um mar de oportunidades, que começa, desde logo no caixote dos indiferenciados. “Quarenta por cento dos resíduos que produzidos em casa são bioresíduos que podem ter uma segunda vida, desde a agricultura aos combustíveis”, ilustra. 

A directora técnica, da EGF, Filipa Pantaleão, reconhece que o aproveitamento dos resíduos orgânicos domésticos será um grande desafio para os municípios e para o cidadão. Trata-se de um processo que existe há muito tempo, mas que tem que ser recuperado para garantir o aproveitamento destes recursos que poderão ajudar a enriquecer os solos. “Estamos a viver uma altura com grande abertura das pessoas para a mudança. É agora que podemos fazer a diferença”, sublinha lembrando que a Europa vai disponibilizar mais de 150 milhões para a bioeconomia.  

A directora de Serviços de Estratégia da Direcção-Geral de Política do Mar, Vanda Dores, acredita igualmente que as gerações mais jovens são mais sensíveis às questões ambientais e poderão ajudar a enfrentar alguns desafios como o que se coloca actualmente ao mar. “As máscaras na praia constituem um grande problema de lixo marinho que a pandemia nos trouxe”. 

As Big Changers Catarina e Rita Leitão, promotoras da loja “Zero Plástico” e que estão envolvidas no “Movimento Faz pelo Planeta By Electrão”, exortam os pequenos gestos individuais que podem fazer a diferença, como voltar ao saco do pão do tempo das avós. “Na Maia já há recolha de resíduos orgânicos e toda a gente sabe o que deve colocar naquele caixote castanho. No meu caso só não o faço porque os resíduos orgânicos são todos para mim. Para produzir o composto para a minha horta”. 

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